Prece diferente
Senhor!
Eu desejo Te fazer uma rogativa diferente. Todos pedem pelos injustiçados, por aqueles que têm sede e fome de justiça. Eu Te peço pelos que cometem injustiças.
Todos rogam pelas vítimas das drogas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que distribuem as drogas e com isso enriquecem. São criaturas infelizes que ajuntam fortunas à custa de vidas alheias, de lares destroçados. Logo mais, eles terão que responder perante a Lei Divina por toda a infelicidade que estão cultivando.
Muitos pedem pelos órfãos e pelas viúvas. Eu Te rogo, Senhor, por aqueles que deixaram as crianças sem pai e as mulheres sem marido, porque todos os que espalham o mal, brevemente enfrentarão o julgamento da própria consciência.
Todos suplicam pelas mães que tiveram as vidas dos seus filhos ceifadas em plena juventude, pelo braço da violência assassina. Pelas mães que choram a ausência dos filhos que eram toda a sua alegria. Mas eu, Senhor, Te peço pelos corações das mães que têm seus filhos encerrados nas prisões. Por aquelas que os receberam nos braços, os amamentaram e teceram mil sonhos de ventura e os viram todos destroçados. Te peço, Senhor, pelas mães que sofrem por ouvirem muitos chamarem seus filhos de bandidos, de criminosos, de homens sem alma.
Muitos suplicam pelos que padecem fome. Eu Te suplico por aqueles que a provocam. Por aqueles que, tendo abarrotados os celeiros, mantêm as portas fechadas, esperando que o preço suba, que o mercado fique melhor para poderem ganhar maiores somas em dinheiro.
Todos pedem em favor dos que não têm acesso aos medicamentos, aos hospitais, a exames e a um tratamento digno. Eu Te rogo por todos aqueles que fazem das suas possibilidades de servir ao semelhante uma oportunidade de conseguir ainda mais moedas para acrescentar nas suas contas bancárias.
Muitos estendem súplicas aos céus pelos idosos abandonados que vivem nos asilos, nas ruas, nas clínicas. Eu Te suplico por aqueles que os abandonaram porque um dia colherão a exata medida do que estão semeando na atualidade.
Enfim, Senhor, enquanto todos rogam pelos infelizes e desgraçados, eu Te rogo por aqueles que sorriem mas apresentam o coração em chaga viva, por aqueles que parecem ser vencedores no mundo, mas que trazem na intimidade a mensagem da frustração, do desamor e da solidão.
Eu Te peço, Senhor, por todos os que se encontram no momento da semeadura infeliz porque, na época da colheita, sofrerão imensamente por todos os espinhos que terão de colher.
*   *   *
O primeiro ato que deveria assinalar o dia do cristão é a prece.
Não existe uma fórmula especial para orar. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras com as quais nada tenha o coração. A qualidade principal da prece é ser clara, simples, sem frases inúteis. Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr em vibração uma fibra da alma. Orar por si mesmo é necessidade da criatura. Orar pelos que persistem no erro, é exercício de amor ao semelhante.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap.
XXVIII, item 1, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan
Kardec, ed. Feb.

Em 18.06.2012.

Atualização - Biblioteca Virtual e Site Principal

No Site Principal Ocorreu uma atualização de plano de fundo, com um no design moderno e avançado
Na Biblioteca Virtual Foi mudado o plano de fundo e adicionamos uma lista com o nome dos autores, na qual você clica e verá todos os livros daquele autor

A luz em nossas vidas

Foi um sonho, há muito tempo acalentado, esse de o homem poder viver num ambiente iluminado.
Em 1828, Thomas Alva Edison conseguiu, pela primeira vez, a lâmpada elétrica de filamento.
A partir desse momento, tudo se modificou na sociedade. Cinquenta anos depois, Joseph Swan
patenteou a lâmpada incandescente, que passou a ser industrializada.
É inconcebível hoje, para nossa mentalidade, um mundo sem luz elétrica. Ficamos a pensar no que
seria uma casa iluminada por tochas, por candelabros, por velas.
Pode ser muito romântico um jantar à luz de velas. Contudo, viver uma vida inteira tendo que ler, fazer os
serviços domésticos, tratar de doentes, costurar utilizando-se de velas, de tochas, de lampiões, de
lamparinas... Inconcebível!
A própria natureza nos fala da importância da luz porque nos dá, ao longo do dia, o brilho solar. Quando
estamos vivendo sob o brilho do sol, complicado pensar na noite escura.
Quando estamos refletindo sobre a noite escura, temos a oportunidade de pensar no brilho do luar e nos
beijos cintilantes das estrelas.
A luz é, em verdade, a grande mensagem do Criador diante das trevas que ainda empanam a vida
humana.
Diz o Velho Testamento, no livro do Gênesis: E o Senhor fez a luz. Faça-se a luz. Fiat lux. E a luz se
fez.
E Jesus de Nazaré afirmou sem rebuços: Eu sou a luz do mundo. Aquele que andar em mim, jamais
conhecerá as trevas.
Naturalmente que a luz de que falava Jesus Cristo não era uma luz física. Ele falava de uma luz mental,
de uma claridade espiritual, de algo que Ele viera trazer ao mundo para nos retirar das nossas sombras.
Sombras de ignorância, noites de maldade, escuridão dos tormentos. Então, Ele veio como um astro do
dia, uma estrela de primeira magnitude, com essa coragem de dizer, em pleno período das sombras: Eu sou a
luz do mundo.
Mas o Homem de Nazaré ainda propôs que nós também trabalhássemos por desenvolver a nossa
própria claridade: Brilhe a vossa luz.
Jesus propõe que façamos brilhar a nossa própria luz, porque somos lucigênitos. Fomos criados,
gerados pela luz de Deus.
Esse é um convite para que trabalhemos o quanto nos seja possível para sairmos das trevas do não
saber, do não sentir, do não amar, do não viver.
Em outro momento, asseverou o Celeste Amigo: Quando os teus olhos forem bons, todo o teu corpo
terá luz.
Os nossos olhos bons não são os olhos da face. É a nossa maneira de ver as coisas, nossa visão demundo, nosso olhar sobre as pessoas.
Na medida em que formos misericordiosos, atenciosos, fraternos para com os outros e seus problemas,
é natural que estaremos evoluindo, crescendo na direção do Altíssimo.
Todo o nosso ser espiritual, o nosso corpo espiritual, nosso corpo astral brilhará: Todo o teu corpo terá
luz.
Todos os grandes gênios espirituais do mundo valorizaram a luz. Não é à toa que Siddhartha Gautama,
o grande Buda, é chamado a luz da Ásia.
Por isto, quando Jesus afirma ser a Luz do mundo, Ele ultrapassa as dimensões de todas as terras, de
todos os seres e Se mostra de fato como a Luz, Modelo e Guia para todos nós

Lição inesquecível

Na atualidade, é bastante comum os casais se queixarem um do outro. A esposa critica o marido por suas manias, por lhe cercear a liberdade e por outras tantas coisas.

O marido reclama dos gastos da esposa, do tempo que demora para se arrumar toda vez que decidem sair, e daí por diante.

É natural que numa roda de amigas, quando o assunto é marido se comentem os defeitos deles e como elas poderiam ser mais felizes sem eles.

Assim foi numa tarde, na academia, onde uma senhora, que aparentava um pouco mais de quarenta anos, se encontrava. Alguém comentou que invejava a sua felicidade.

Ela era uma mulher que transpirava alegria. Dedicava-se a obras de caridade, estudava música. Mas, em tudo que fazia, havia uma tonalidade de alegria contagiante.

Qual era o segredo, afinal? - Perguntou uma das amigas.

Devo tudo ao meu marido. - Respondeu rápido.

Como assim? Tornou a perguntar a outra. Ele acompanha você a todo lugar, incentiva você, o que ele faz?

E uma pontinha de inveja adornava as perguntas agora.

Como podia aquela mulher ser tão feliz com seu marido?

Mas a outra tornou a responder: Bem, meu marido morreu.

Na roda de amigas, houve um grande silêncio e, pela mente de todas elas, passou a ideia: Claro que ela é feliz. Ele devia ser um carrasco. Ele morreu e ela se libertou.

No entanto, continuando a explicar, a viúva disse:

Enquanto vivemos juntos e foi pouco mais de vinte anos, esse homem me ensinou a amar.

Quando nos casamos, eu era uma jovem tola, cheia de sonhos, vivendo a irrealidade. Ele era um homem prático, mas extremamente sensível.

Amante da poesia, ensinou-me a amar os versos, a descobrir a beleza nas rimas.

Nas horas de folga, tornava-se jardineiro. Ensinou-me a amar a terra, as flores, a semear e esperar o crescimento e a floração.

Gostava de boa música. Com ele aprendi a ir ao teatro para assistir a concertos de música clássica e shows de música popular. Ele me instruiu nos primeiros caminhos dessa bela arte.

Esse homem me ensinou a amar a vida e nela descobrir valores. Deu-me a conhecer o verdadeiro valor de uma amizade, a não desprezar nenhuma manifestação de carinho, por menor que pudesse ser.

Ensinou-me a amar a natureza, bendizendo o sol e a chuva, em suas alternâncias. A não reclamar do frio, nem do calor excessivo. Ele me ensinou a ver em tudo a Providência de Deus a nos abençoar.

Por isso, quando ele se foi, quando pensei entregar-me à tristeza, recordei-me dos anos vividos e das lições repassadas.

Em memória dele, não posso deixar de ser feliz e transmitir felicidade a todos.

* * *

A vida é o hálito do Pai Criador em Sua soberana manifestação de amor.

Examinemos nossa vida e das experiências de todos os dias retiremos o melhor proveito.

Nossa vida se constitui de bênçãos e sofrimentos.

Exatamente como no jardim existem duas formas de encontrar as rosas: pelo aroma ou pelos espinhos, nossa vida depende da forma que encaramos o que nos rodeia, o que nos chega, o que nos acontece.

Solidão virtual

Houve um tempo onde só podíamos conversar com alguém se estivéssemos fisicamente próximos.

Nessa época, havia uma única possibilidade de se iniciar um relacionamento, de se aumentar a rede de amigos, de se fazer contatos profissionais ou sociais: promover encontros, marcar locais, horários para se reunir, para se conhecer.

E se não estivéssemos com alguém, se não houvesse com quem se encontrar, o resultado, muito frequentemente, era a solidão.

O sentir-se sozinho não era, muitas vezes, uma opção, mas uma contingência, fosse por se residir em um local afastado, ou por se ter pouca ou nenhuma opção de um relacionamento familiar ou social.

Porém, desde os fins do século XX, a tecnologia vem transformando nossas relações sociais. Avançando em uma velocidade difícil de acompanhar, vem nos disponibilizando recursos fascinantes.

Desde então, ela quebrou a necessidade de estarmos fisicamente juntos para conversarmos, para ampliar a amizade, para trocar emoções.

Passamos a ter a possibilidade de conversar, trocar mensagens, vídeos, fotos, não importando o local, o horário, a distância, conectando-nos todos a tudo.

Passamos a resgatar amizades que se perderam no tempo, a reencontrar familiares que a distância afastou e refazer relacionamentos que se perderam pelos caminhos.

E ainda, são inúmeros os sites de relacionamento que permitem, não só o reencontro, mas o fazer novas amizades, iniciar novos amores, outros colegas.

Agregamo-nos virtualmente pelo estilo de vida, pelos valores, pelas atividades de lazer, pelo gosto musical.

Passamos a ter centenas ou até milhares de amigos que se agregam às nossas redes de relacionamento, que nos seguem virtualmente.

Passamos a estar cercados, envolvidos com muitas pessoas, o tempo todo.

Poderia se pensar que jamais alguém, agregado nessa rede virtual, poderia se queixar de solidão. Somos tantos, vinculados a tantos outros, que já não haveria espaço para a solidão.

Porém, a alma humana ainda é a mesma. E a tecnologia que nos cerca externamente, nada preenche intimamente.

Somos inúmeros os agregados aos sites e às redes de relacionamento, contudo, tão poucos aqueles que cultivamos afeições que nos preencham as necessidades íntimas.

Passamos a viver e conviver com a solidão virtual. Essa dos que tanto têm virtualmente, mas nada se preocupam em cultivar realmente.

A solidão somente desaparece quando passa a ser substituída pela preocupação com o próximo, pela dedicação ao semelhante, pelo importar-se com o outro.

Assim, não será a tecnologia que nos afastará da solidão. Ela ainda se faz presente, em nosso existir, porque não vivenciamos os valores da solidariedade, da compaixão, da fraternidade.

E, por mais que a tecnologia se desenvolva, por mais recursos nos ofereça, jamais eliminará a solidão de dentro de nós.

Poderá, sim, agregar milhares de nomes em nossas redes de relacionamento. Porém, para preencher as necessidades de nosso coração, para que nele não haja mais espaço para a solidão, necessitamos cultivar a fraternidade, que pode até se iniciar no mundo virtual, mas terá que inevitavelmente, migrar para a realidade das ações de nosso coração.
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